Um United a defender com organização e junto à área de Onana foi suficiente para agarrar um ponto em Anfield Road. 0-0 no velho clássico.
É simples escrever a história em Anfield. Durante 60/65 minutos, o Liverpool fez pressão alta, ameaçou o golo num par de vezes, mas raramente foi capaz de perturbar o bloco baixíssimo (o tal autocarro) idealizado por Ten Hag para esta partida.
Cabeceamentos de Darwin Nuñez e Van Dijk assustaram Onana mas, tudo espremido, pareceu sempre em esforço e parco em inspiração. Por falar em Darwin, o ex-Benfica continua a exibir um descontrolo emocional mais do que reprovável. Tanto no momento de atirar à baliza, como na forma como aborda determinados lances - o amarelo aos 22 minutos foi mais do que justo.Com o passar do tempo, o jogo pareceu querer ir parar às mãos do United. O Liverpool começou a dar sinais de frustração, a querer apressar o que requeria paciência e a cometer lapsos no passe. Foi aí que surgiu a transição dos homens de Manchester, com Garnacho a mostrar lampejos de craque.
Seja como for, o Liverpool acabou o jogo com 34 remates e nem uma verdadeira oportunidade de golo. Jogo estranho, talvez, mais de encontro ao que pretendia Ten Hag.
O único português em campo foi Diogo Dalot, pois Bruno Fernandes cumpriu suspensão. O lateral ex-FC Porto foi expulso com dois amarelos, ambos por protestos, nos descontos. Um jogo estranho, insistimos.
O Liverpool falhou o ataque ao primeiro lugar e fica a um ponto do Arsenal (38 para 39), ombro a ombro com o fantástico Aston Villa. O United é apenas sétimo, com 27.