Não há como contar a história do Bayern ou do “Der Klassiker” sem mencionar Claudio Pizarro. O peruano, que pendurou as chuteiras aos 41 anos, é uma lenda em Munique e deixou para trás uma carreira cheia de títulos: uma UEFA Champions League, seis DFB Pokal, seis títulos da Bundesliga e um Mundial de Clubes.
A DAZN esteve em Munique a convite da Bundesliga e conversou com Claudio Pizarro, que jogou duas temporadas sob as ordens de Pep Guardiola. Para o treinador espanhol, só tem elogios.
“É um grande treinador. Sempre disse isso. Quando comecei a trabalhar com ele foi muito especial, porque conseguias ver que ele é um treinador que está cinco anos à frente dos outros. Ficámos muito surpreendidos com as táticas, a forma como ele analisava os jogos, queria ter sempre a posse de bola. Foi muito especial trabalhar com ele. Lembro-me que ele me dizia muitas vezes que eu ia ser treinador. E eu disse: “Não, eu não vou ser treinador”. "O futebol precisa de pessoas como tu", dizia-me ele. E eu respondia-lhe: “Sim, eu vou estar envolvido no futebol, mas não como treinador. Não é para mim”. E lembro-me de ir ao gabinete dele uma vez e queria dizer-lhe que ia chegar um pouco mais tarde ao treino no dia seguinte porque tinha de fazer umas coisas. Ele disse: “Sim, não há problema, Claudio. Podes chegar mais tarde”. Eu disse: “Obrigada, Pep”, e estava a sair quando ele me diz: “Claudio, anda cá”. Mostrou-me o quadro e começou a falar sobre táticas. Eu disse-lhe: “Pep, vá lá! Só queria perguntar-te uma coisa". Por isso, consegues perceber como ele é verdadeiramente no futebol. Ele pensa em futebol o tempo todo. Mas foi tão engraçado e lembro-me que essa história foi especial”, contou.
Foi pela porta do Werder Bremen, em 1999/00, que Claudio Pizarro entrou no futebol europeu. Foi nos Die Werderaner que o peruano se cruzou com Hugo Almeida, na época 2008/09.
“Lembro-me de jogar com o Hugo. Tenho uma boa relação com ele. Convidei-o para vir ao meu último jogo, mas ele não conseguiu vir. É alguém muito simpático e engraçado. Passámos sempre bons momentos quando jogávamos juntos. Marcávamos golos e divertíamo-nos. Era um jogador rápido e forte. Gosto muito dele. Era o tipo de jogador com quem eu gostava de jogar”, admitiu.
Claudio Pizarro é um histórico da Bundesliga, mas Raphaël Guerreiro já ganhou o estatuto de veterano. Depois de sete temporadas no Borussia Dortmund, o internacional português mudou-se para o rival Bayern Munique. Pizarro deixou uma opinião sobre o defesa.
“Eu já gostava dele quando estava no Borussia Dortmund. Sempre achei que era um bom jogador. Bom pé esquerdo, teve algumas lesões este ano. Não foi fácil. Mas, quando voltou, quando jogou, esteve muito bem. Agora tem outra lesão, tem sido muito difícil para ele este ano, mas talvez no próximo ano se sinta melhor e possa ser titular”, acredita.
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FIRO/SID
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