Espanha chega a Paris 2024 com o objetivo de conquistar a medalha de ouro e fechar um recorde histórico.
Entre todas elas, destaca-se Alexia Putellas, eleita melhor jogadora do mundo em duas ocasiões e uma grande referência para a equipa principal feminina do clube catalão. No entanto, para além dela, há outros nomes que contribuíram para o sucesso da equipa treinada por Jonathan Giráldez.
Jennifer Hermoso é mais uma das figuras de uma equipa do FC Barcelona que já ganhou tudo e que gravou, em letras douradas, o seu feito no mundo do futebol e também na história do próprio clube catalão.
O seu próximo passo foi no México. Mais concretamente, no Pachuca, que lhe ofereceu um salário superior ao que ganhava em Espanha, tornando-a, nesse momento, uma das três jogadoras mais bem pagas do planeta.
O início de Jennifer Hermoso no mundo do futebol
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Antes de chegar a este nível, a jogadora nascida em Madrid fez parte das camadas jovens do Atlético de Madrid, clube a que aderiu aos 12 anos, incentivada pelo seu avô, antigo guarda-redes do clube. Depois de passar os testes, Jenni Hermoso estreou-se na equipa principal dois anos mais tarde, marcando um golo.
Na época seguinte, aliás, assumiu um papel mais preponderante, marcando mais de uma dezena de golos, incluindo o que valeu à equipa a subida à primeira divisão do futebol feminino.
Numa entrevista aos meios de comunicação oficiais da RFEF e conduzida pelos próprios adeptos, Jennifer Hermoso colocou nesse momento a recordação mais feliz de toda a sua carreira desportiva.
Aos 20 anos, porém, ingressou no Rayo Vallecano, que na altura (2010) era a força dominante na elite do futebol feminino em Espanha. Jogou na Liga dos Campeões e, como se não bastasse, conquistou o seu primeiro título nacional.
Tempos difíceis na Suécia
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Três anos mais tarde, e após um declínio progressivo da equipa, Jennifer Hermoso tomou a decisão de deixar a Espanha e ir para a Suécia. Aí, a jogar no Tyresö, passou alguns meses difíceis que afectaram o seu desempenho.
Não teve muito destaque devido, entre outras coisas, à grande mudança que viver na Suécia significava para uma jogadora que, além disso, ainda não tinha vivido longe de Madrid. Por todas estas razões, deixou o país nórdico no inverno, quando o FC Barcelona a chamou.
Jennifer Hermoso fez história no FC Barcelona
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No inverno de 2013, Jennifer Hermoso juntou-se ao FC Barcelona, já uma das melhores equipas do país, para ganhar o título da Liga e a Copa de la Reina.
A partir daí, o seu crescimento foi meteórico. Com o passar das épocas, tornou-se cada vez mais importante. Chegou mesmo a ser a melhor marcadora da competição em 2016, com 24 golos.
Tudo isto valeu-lhe um lugar entre os 55 candidatos ao XI FIFPro de 2016 e entre os 100 melhores jogadores na lista compilada pelo The Offside Podcast. No ano seguinte, na época 2016-17, voltou a ser a melhor marcadora com 35 golos.
Uma aventura em França e o regresso ao Atlético de Madrid
Atlético de Madrid
A sua passagem pelo FC Barcelona chegou ao fim quando, em 2017, Jennifer Hermoso se transferiu para o PSG. Passou uma época no clube, onde conseguiu ganhar a Taça, antes de regressar ao Atlético de Madrid.
Com a equipa colchonera, com a qual eliminou o temido Manchester City na Liga dos Campeões, foi eleita a nona melhor jogadora de 2018 pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS), e uma das 50 melhores jogadoras do mundo, bem como a melhor jogadora espanhola pelo jornal The Guardian.
Com a equipa colchonera, conquistou um novo título da Liga e chegou também à final da Copa de la Reina, que perdeu para a Real Sociedad.
Segunda etapa no Barcelona
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Em 2019, após uma breve passagem pelo Atlético de Madrid, regressou ao Barcelona, onde permaneceu até ao verão de 2022, e com o qual alcançou a glória ao conquistar todos os títulos possíveis, incluindo a UEFA Women's Champions League.
A história que conseguiu fazer com a camisola Culé foi tal que se tornou a melhor marcadora de sempre do clube, com 181 golos, seguida de Alexia Putellas. No entanto, a sua companheira de equipa viria a ultrapassá-la mais tarde. Além disso, em 2021 recebeu a Bola de Prata como a segunda melhor jogadora do planeta, também atrás de Alexia.
No total, ganhou uma Liga dos Campeões, sete campeonatos da liga, cinco Taças da Rainha e uma Taça de França. Além disso, foi cinco vezes melhor marcadora da primeira divisão espanhola.
Viagem ao México e a procura de novos desafios
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Jenni Hermoso decidiu deixar a Europa em 2022 para assinar pelo Pachuca, do México. Com os Tuzas, tornou-se a terceira jogadora mais bem paga do mundo, segundo o Mundo Deportivo, e a sua apresentação foi assistida por mais de 6.500 pessoas.
Na sua primeira aventura na Liga MX Femenil, foi uma das melhores marcadoras da equipa, tendo marcado 18 golos e chegado à final do Clausura 2023. No entanto, a equipa perdeu a final para o Club América (4-2 no total).
Em agosto de 2023, ainda como jogador do Pachuca, somou o sucesso muito especial do Campeonato do Mundo na Austrália e Nova Zelândia com a seleção espanhola. A Espanha conquistou a sua primeira estrela no futebol feminino, ao vencer a Inglaterra por 1-0 com um golo de Olga Carmona aos 29 minutos.
Embora a jogadora nascida em Madrid não tenha conquistado nenhum título em ano e meio com o Tuzas, atraiu a atenção dos grandes clubes mexicanos. Entre eles, o Tigres, que a contrataria em janeiro de 2024, triplicando o seu salário anterior (120.000 euros por ano), segundo vários meios de comunicação mexicanos.
Com o Amazonas, venceu o campeonato mexicano de 2024, ao lado da treinadora espanhola Milagros Martínez, derrotando o Monterrey na final (3-2 no agregado). Depois de disputar os Jogos Olímpicos de Paris 2024 com a seleção espanhola, regressará à Liga MX Femenil com o Tigres.