O Campeonato do Mundo de F1 2024 regressa após a pausa de verão com o GP da Holanda.
Carlos Sainz voltará a competir com a Ferrari numa corrida, depois de ter anunciado a sua assinatura com a Williams para 2025.
A 10 corridas do fim do campeonato, a equipa italiana continua inconsistente, apesar de um início de época competitivo. Sainz e Charles Leclerc venceram na Austrália e no Mónaco.
O piloto espanhol enfrenta sua reta final com a Ferrari desde que chegou em 2021 com a difícil missão de competir contra Red Bull, McLaren e Mercedes.
Carlos Sainz explica a sua saída da Ferrari: “Não há nada que tenha corrido mal, um 7 vezes campeão do mundo decidiu que quer passar a última parte da sua carreira na Ferrari”
Carlos Sainz falou com a DAZN antes do Grande Prémio da Holanda para falar sobre a sua época atribulada na Ferrari no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de 2024 e fazer uma retrospetiva do seu tempo na equipa italiana.
“Foi uma primeira metade de época muito difícil para mim. Tive de conciliar as corridas numa equipa como a Ferrari, onde sabia que não ia continuar no futuro, com a chegada de Hamilton e a apendicite. E depois, especialmente em junho e julho, quando comecei a sentir que estava a chegar a altura de tomar essa decisão, convencido de onde queria ir no futuro”, disse o piloto espanhol.
Também foi questionado sobre a segunda ronda da temporada de F1: “Tudo vai depender do carro em que me encontrar. Se for o carro das últimas corridas, vai ser difícil para nós conseguir mais pódios e vitórias, porque é evidente que a Mercedes, a McLaren e a Red Bull estão um passo à frente.
“Ou se me encontrar com um carro que é mais parecido com o da primeira metade da época, onde os pódios e as vitórias são possíveis. Há uma ou duas actualizações que podem mudar um pouco as perspectivas e a segunda metade da época. Estou ansioso por poder voltar a lutar pelos pódios”, disse Sainz.
O piloto nascido em Madrid não quis esquecer a sua passagem pela equipa italiana: “O que deixo destes quatro anos na Ferrari são três vitórias, a minha primeira vitória na Fórmula 1, conseguida em Silverstone, os grandes momentos de Singapura e Melbourne.
“E é por isso que penso que é importante para mim desfrutar também destas últimas 10 corridas sem ter outras preocupações em mente porque nunca se sabe na vida o que pode vir a seguir. Ter sido piloto da Ferrari e ser piloto da Ferrari depois de mais 10 corridas é algo que vou aproveitar ao máximo e tirar o máximo partido”, reflectiu Carlos.
Ele também explicou as razões da sua saída: “Talvez a coisa mais difícil de explicar é que não há nada que não tenha funcionado na Ferrari. Simplesmente, houve um sete vezes campeão do mundo que decidiu que a última parte da sua carreira seria passada na Ferrari e, nesse sentido, fui um pouco um sacrifício.
“Deixo a Ferrari com bons resultados, com uma boa relação com Fred e Charles. Penso que formámos uma boa equipa, vitórias, pódios juntos, uma boa relação com todos os engenheiros, com os tifosi. Por isso, nunca se pode fechar a porta a uma equipa como a Ferrari, tendo em conta que ainda me restam cinco ou dez anos de carreira”, disse um emocionado Carlos Sainz.