O chefe de equipa da Williams, James Vowles, acredita que nenhuma equipa de Fórmula 1 poderia suportar a dor de “cinco acidentes graves” em apenas 10 dias, como aconteceu com a Williams durante os dois últimos fins-de-semana dos Grandes Prémios do México e de São Paulo.
A série de infortúnios da Williams começou na primeira sessão de treinos de sexta-feira no Autódromo Hermanos Rodríguez, quando Alex Albon colidiu com o Ferrarii de Ollie Bearman, que estava a substituir Charles Leclerc.
Dois dias mais tarde, no início da corrida, Albon voltou a envolver-se, desta vez com Yuki Tsunoda, que embateu num muro depois de ambos os pilotos terem trocado de rodas na longa reta para a Curva 1.
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DAZN
Uma semana mais tarde, em Interlagos, a Williams sofreu provavelmente um dos piores dias da sua história em termos de danos causados por acidentes, quando Albon e o seu companheiro de equipa Franco Colapinto se despistaram na qualificação, no domingo de manhã. Albon não pôde competir porque a equipa não conseguiu reparar o seu carro a tempo.
Durante o Grande Prémio, Colapinto voltou a despistar-se, marcando um fim de semana catastrófico para a Williams: “O fim de semana no Brasil foi provavelmente o mais brutal de que me lembro em toda a minha carreira”, disse Vowles no post da corrida.
“No espaço de pouco mais de sete dias tivemos cinco acidentes graves. Só no Brasil, entre a qualificação e a corrida, foram três. É um número com o qual quase ninguém na grelha consegue lidar”, continuou.
Isso deixa a Williams contabilizando os custos, que são estimados em centenas de milhares de libras. Eles têm que reconstruir os carros para as três corridas restantes da temporada: "A quantidade de peças de reposição que temos não é suficiente para lidar com esse nível de desgaste.
James Vowles: “O fim de semana no Brasil foi provavelmente o mais brutal de que me lembro em toda a minha carreira"
No entanto, Vowles está confiante em terminar a época com bons resultados: "Tenho grandes esperanças para Las Vegas. Fomos rápidos lá no ano passado e estou confiante de que temos um carro que pode ter um bom desempenho nessas condições.
“Por isso, vamos fazer tudo o que pudermos para ter os dois carros com as melhores especificações possíveis, com peças sobresselentes suficientes à nossa disposição para o conseguir. É difícil prever como é que isso vai ser”, acrescentou.
“Ainda estamos a recuperar os elementos do Brasil e a determinar o que precisamos de fazer em termos de construção para nos colocarmos na melhor posição possível”, concluiu Volwes.