Franco Colapinto, o piloto argentino de 21 anos, assinou um contrato de vários anos com a Alpine F1, ligando-o à equipa francesa como piloto de reserva.
Numa entrevista exclusiva ao Infobae, Maria Catarineu, a sua empresária, deu detalhes inéditos sobre o processo que levou à incorporação do piloto argentino na equipa, bem como sobre o seu futuro na Fórmula 1.
Flavio Briatore e o momento em que se “apaixonou” por Franco Colapinto: “Vi talento e amei-o”
Liberty Media
Após semanas de intensas negociações, o acordo entre a Alpine e a Williams foi finalmente concluído: “Demorou muito tempo porque as negociações são por vezes complexas, como neste caso. Mas o Flavio foi sempre muito persistente e nas últimas semanas foi muito intenso”, afirmou Maria Catarineu.
“O acordo foi possível porque ambas as partes conseguiram o que queriam: O Flavio conseguiu contratar o Franco e o James conseguiu dar-lhe a possibilidade de correr, uma vez que na Williams os seus pilotos regulares têm contratos de longa duração”, acrescentou.
Segundo Catarineu, o homem responsável por esta operação foi Flavio Briatore, que desde o seu primeiro encontro com Colapinto mostrou o seu interesse pelo talento do argentino, seguindo de perto o seu desempenho nos nove Grandes Prémios que disputou em 2024: “Ele sempre teve Franco entre as sobrancelhas e a todo o custo queria tê-lo”.
“Flavio viu-o desde a sua estreia na F1 e sempre foi claro para ele que o queria contratar. No dia em que falámos pela primeira vez, ele disse: 'Vi o talento e quero-o'”, explica a empresária, que também destacou o apoio que recebeu do diretor da Williams, James Vowles, para facilitar o negócio: ”Ele sempre quis que o Franco tivesse um lugar e tratou disso.
“Williams emprestou-o cinco anos à Alpine": as chaves da transferência de Franco Colapinto para a Alpine
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O contrato de Colapinto com a Alpine abrange um período de cinco anos, durante o qual a equipa francesa se encarregará dos direitos contratuais do piloto, incluindo o seu salário e outros compromissos.
Apesar de alguns rumores indicarem que a Alpine pagou uma soma considerável à Williams para assegurar os serviços de Colapinto, Maria Catarineu evitou confirmar números: “Não sei se foi depositado algum dinheiro.
A chegada de Colapinto à Alpine é vista como uma grande oportunidade para o piloto que, para além do seu talento, conta com o apoio de um grupo crescente de patrocinadores. Entre eles estão Marcos Galperin, fundador do Mercado Livre, e Martín Migoya, cofundador da Globant.
Apesar dos progressos, Catarineu sublinha que ainda não se sabe quando é que Colapinto se vai estrear na F1. Embora o piloto já tenha demonstrado o seu potencial nas últimas corridas de 2024 com a Williams, onde superou o seu companheiro de equipa em várias ocasiões, o dirigente salienta que a decisão sobre quando fará a sua estreia será tomada pela Alpine.
Quanto à possibilidade de se estrear na ronda de abertura da época de 2025, na Austrália, Catarineu mantém-se cautelosa: “O que sei é que Franco provou que pode correr e foi por isso que a Alpine o contratou.
Por seu lado, os adeptos argentinos continuam a apoiar Colapinto, que ganhou notoriedade dentro e fora da pista e é um íman para os patrocinadores. A sua imagem fresca e espontânea fez do jovem piloto uma figura chave no mercado, o que lhe permitiu juntar importantes empresas à sua equipa de apoio.
Colapinto, que se encontra atualmente de férias na Argentina, deverá iniciar a sua nova etapa na Alpine nos próximos dias. Entretanto, a sua empresária garante que o futuro é risonho, embora reconheça que, no mundo da Fórmula 1, as mudanças podem acontecer rapidamente.
“O que sinto não vou dizer”, concluiu Maria Catarineu com um sorriso, deixando claro que a incerteza sobre a estreia de Colapinto vai continuar, mas com uma forte confiança no seu talento e potencial na categoria máxima do desporto automóvel.