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Fórmula 1 tem agora 41% do público feminino em 750 milhões de espetadores

DAZN Portugal
Fórmula 1 tem agora 41% do público feminino em 750 milhões de espetadoresDAZN
Só nos últimos três anos, o interesse global pela Fórmula 1 cresceu 5,7% ou aproximadamente 50 milhões de novos espetadores desde 2021.

Um novo estudo da Nielsen Sports, divulgado em Dezembro de 2024, mostra que F1 é o evento desportivo anual mais popular, ao atingir um público total de 750 milhões.

A principal área de crescimento vem do grupo demográfico feminino. As mulheres representam agora 41% da base total de fãs da Fórmula 1, sendo a faixa etária dos 16 aos 24 anos o setor etário que mais cresce.

“A Fórmula 1 é um exemplo perfeito de um desporto a inovar a sua relação com os fãs”, disse Jon Stainer, director geral global da Nielsen Sports. “O crescimento do interesse, especialmente entre as mulheres, pode ser atribuído em grande parte a uma mudança na forma como as equipas e os pilotos são hoje perfilados e ao acesso que proporcionam ao público global. Novas categorias de patrocínio estão a abrir-se. Estamos a assistir a uma mudança significativa nas marcas envolvidas no desporto, atraídas por esta mudança demográfica de fãs."

Será que veremos uma mulher a correr na F1 daqui a 10 anos?

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Em 2014, a piloto Susie Wolff, ao volante de um carro Williams, participou no primeiro treino livre do Grande Prémio de Inglaterra. Nunca chegou a correr pela equipa. 

Porque é que, ao contrário de outros desportos de elite, a presença de mulheres na F1 diminuiu na última década?

Depois de três partidas de Maria Teresa de Filippis na década de 1950, vieram novos avanços na década de 1970, quando Divina Galica participou em três Grandes Prémios (embora nunca tenha corrido). Já a lendária Lella Lombardi participou em 12 corridas com a equipa March e RAM e pouco tempo depois de Desire Wilson em 1980 e Giovanna Amati em 1992 não conseguiram qualificar-se para corridas.

Isto significa que Lombardi foi a última mulher a sentar-se na grelha da Fórmula 1, há 48 anos.

Mas não há dúvidas de que as perspetivas estão a melhorar. A curta, mas significativa, Série W mudou o cenário em 2019 antes de ser terminada no ano passado. 
E o espírito da Série W mantém-se. Com isto vem um novo otimismo naquele que é um desporto muito mais estruturado na era moderna e onde o grau de experiência que os pilotos precisam para entrar num carro de F1 é maior do que era na época de Lombardi.

"Há 10 mil pessoas que querem ser o Messi"

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Se a Fórmula 1 e a FIA  estão empenhados em trazer as mulheres para o desporto de uma forma mais integrada desta vez, isso vem com uma expectativa pública, em vez de uma esperança, de que haverá resultados.
As iniciativas incluem a nova F1 Academy Discover Your Drive, que é um programa com muita procura para incentivar a participação feminina a partir dos oito anos. 

Já o presidente executivo da McLaren, Zak Brown, refere que é preciso muito tempo de dedicação para se chegar à F1. “Tal como em todos os outros desportos, assim como no futebol, há 10 mil pessoas que querem ser o Messi, é por isso que passamos o nosso tempo nos desportos eletrónicos, na F1 Academy e nas bases.” 

A McLaren terá a sua própria piloto da F1 Academy, Bianca Bustamante, e no próximo ano com Ella Lloyd.

“Precisamos de um volume muito maior de participantes de base”, acrescenta Brown. “Penso que vai demorar, a aventura do karting para a Fórmula 4, para a Fórmula Regional, para a Fórmula 3 e para a Fórmula 2... é uma viagem de cerca de 10 anos e estamos apenas a começar.” “Se olharmos para a trajetória e a viagem que qualquer piloto tem de percorrer, para cada piloto que quer ser Oscar [Piastri] ou Lando [Norris], são necessários cerca de 10 mil deles para experimentar simuladores ou karting até conseguir este volume de participação ", conclui.