Lewis Hamilton voltou a levar a melhor no Grande Prémio da Grã-Bretanha de Fórmula 1, vencendo uma corrida caótica marcada pela chuva.
O antigo campeão do mundo, que partiu da primeira fila ao lado do seu companheiro de equipa, beneficiou da desistência de George Russell devido a problemas mecânicos.
O futuro piloto da Ferrari não conseguiu conter a emoção no final da corrida e, ao sair do carro, foi ao encontro do pai para o abraçar.
Passaram 945 dias desde a última vez que Lewis Hamilton subiu ao degrau mais alto do pódio, o que aconteceu no Grande Prémio da Arábia Saudita, em 2021.
O piloto britânico quebrou uma seca de dois anos e meio sem vitórias na Fórmula 1, e fê-lo no cenário ideal: o seu Grande Prémio em casa, perante o seu público.
Lewis Hamilton e a sua confissão mais íntima após a vitória em Silverstone: "Tive problemas de saúde mental e houve dias em que não me conseguia levantar da cama".
DAZN
Depois da vitória em Silverstone, Lewis Hamilton avaliou o seu desempenho no Grande Prémio em casa.
"Acho que é sempre difícil escolher uma que seja mais importante do que outra. Tive muitas vitórias boas, tanto na McLaren como com esta equipa fantástica", explicou o britânico.
"Obviamente que a tua primeira vitória, tal como o teu primeiro campeonato, significa muito para ti, mas esta, neste momento, penso que é a mais importante."
O antigo campeão agradeceu à Mercedes pelos seus esforços para melhorar o desempenho no Grande Prémio da Grã-Bretanha.
"O carro estava ótimo, por isso, muito obrigado à equipa, porque fizeram um excelente trabalho com a estratégia e a sensação foi óptima", afirmou.
"Temos trabalho a fazer para melhorar o desempenho, para dar aquele passo extra para estarmos claramente à frente deles, mas, neste momento, estamos muito perto", acrescentou.
O britânico abriu o coração e reconheceu as dificuldades por que passou durante o tempo em que esteve sem vencer.
"Esperei muito mais do que devia por esta vitória. Tive problemas de saúde mental ao longo do caminho. Foi algo que me afectou quando era jovem, mas tem sido um período muito difícil, tentando vir todos os dias com uma mentalidade positiva. Chegar à garagem, manter-me motivado, treinar...", disse.
"E houve dias em que não me conseguia levantar da cama. Dias em que pensei que isto nunca mais ia ser possível, que podia ser o fim, mas ainda bem que fui perseverante."
"Acho que sair quando ainda há coisas a disputar não seria correto, sair quando ajudei este carro a progredir, a estar onde está, é uma sensação incrível e estou ansioso pelo próximo ano", concluiu, visivelmente emocionado.