O treinador suíço não resistiu à derrota no Dragão, a época passada, e foi demitido, depois de resultados que em pouco ou nada agradavam a massa adepta dos farmacêuticos. Para o seu lugar, chegou uma cara conhecida do futebol alemão, mas com pouca experiência como treinador. Ao início, foi desacreditado por essa mesma razão, mas, um ano depois, a história parece não ser a mesma.
Como jogador, o histórico de troféus é imenso - afinal, os largos anos de Liverpool, Real Madrid e Bayer Munchen não poderiam ter dito algo diferente. Na Real Sociedad, o médio deu nas vistas e voou para Inglaterra. Por lá, esteve cinco anos e venceu uma Supertaça Europeia, uma Liga dos Campeões, uma FA Cup e uma Community Shield. Durante estes anos, ainda levantou a taça de um Campeonato Europeu com a sleeção espanhola.
Mereceu a mudança para o Real Madrid, ainda em 2009. Pelos merengues, os troféus foram seis contando com La Décima, frente ao Atlético Madrid - a mítica final disputada no Estádio da Luz. Com a seleção? Um Campeonato do Mundo. A vida simplesmente não parava para um médio defensivo que alcançou dez assistências em 2011/12.
Na Alemanha, disputou as últimas três épocas como jogador profissional e, ao serviço dos bávaros, foram três campeonatos alemães vencidos, uma Taça da Alemanha e uma Supertaça. Para fechar o currículo, nem foram más as contas.
Dois anos em stand-by e Xabi Alonso ganhou uma nova vida. Passou a ser conhecida a versão treinador de um dos médios mais reconhecidos internacionalmente. Começou a carreira no banco no mesmo sítio onde se deu a conhecer: na Real Sociedad. Esteve três anos ao serviço da equipa B do emblema basco e, em 2022/23, deu-se a reviravolta e viagem para a Alemanha.
O Bayer Leverkusen é conhecido como a definição do clube do quase. Tal como escrito ainda na antecâmara da visita do FC Porto à BayArena, em 2022, «épocas em que se morre na praia, todos têm.» São inúmeros os casos em Portugal e fora dele onde isto acontece. No entanto, o caso dos farmacêuticos é algo, digamos, sem comparação.
O nível estrondoso deste exemplo chegou a que fosse criado um apelido: o Neverkusen. Simplesmente, não conseguiam alcançar um título, um troféu que fosse. Na história de um clube fundado no decorrer do ano de 1904 são... dois títulos: uma Liga Europa, no tempo que era chamada Taça UEFA, uma Taça da Alemanha em 1992/93.
A última vez em que estiveram perto do lugar cimeiro da Bundesliga, ainda sob o comando técnico de Jupp Heynckes, foi em 2010/11, onde terminaram a sete pontos do campeão, Bayern Munchen.
É o terceiro clube alemão com mais participações na Liga dos Campeões, apenas seguido dos bávaros e do Borussia Dortmund. O histórico é inegável, mas o palmarés mostra-se muito curto.
Será que Xabi Alonso consegue inverter, literalmente, o rumo da história? Até agora, a época do Bayer Leverkusen é quase imaculada.