Em Vigo, há um sueco que começa a criar uma enorme onda de expetativas. Chama-se Williot Swedberg, tem 19 anos e é filho de um antigo avançado de Sporting, SC Braga e Estoril: Hans Eskilsson, lembra-se?
A chegada de Viktor Gyökeres ao Sporting trouxe de novo às luzes da ribalta o nome de Eskilsson, primeiro sueco a jogar no conjunto leonino. O antigo avançado despediu-se dos relvados em 2001 e, agora, ocupa grande parte do seu tempo a acompanhar o filho Williot Swedberg, uma das coqueluches do Celta de Vigo.
Ora, para conhecer um pouco melhor a história do médio-ofensivo que se mudou para Espanha na temporada passada, nada melhor do que conversar com o pai Eskilsson. O antigo jogador atende-nos de forma visivelmente bem disposta, ou não estivesse o sueco prestes a falar do filho que se tem destacado no desporto que já foi seu.
Depois de se afirmar ao serviço do Hammarby, clube pelo qual se estreou com apenas 17 anos, o internacional jovem pela Suécia foi contratado pelo Celta de Vigo no verão passado por um valor a rondar os cinco milhões de euros. A mudança seria inevitavelmente dura para alguém tão jovem, mas tornou-se mais fácil com o auxílio do pai.
«Claro que, sendo o pai dele, tenho seguido a sua carreira de muito perto. Desde sempre que víamos muito futebol juntos, treinávamos juntos... Quando ele se mudou para o Celta de Vigo tinha apenas 18 anos de idade, então fiquei a viver com ele durante os primeiros 10 meses desta aventura. Com exceção de dois jogos, vi todos os encontros do Celta na temporada passada. Neste momento estou na Suécia, mas continuo a viajar muito por Espanha para acompanhar o Williot e até vou a Portugal ver alguns jogos!», começa por nos contar o antigo avançado.
Sendo filho de dois antigos internacionais suecos, era quase impossível Williot não ter interesse por futebol. Ainda assim, a precocidade com que o filho se apaixonou pela modalidade surpreendeu até Hans Eskilsson. «Um aspeto que me impressionou desde cedo foi o facto de ele conseguir ver um jogo de futebol sem se distrair a partir dos três ou quatro anos. Estava completamente concentrado durante os 90 minutos e perguntava muitas coisas. Percebemos aí que o seu caminho podia passar por aqui», recorda o antigo jogador.
Depois de ter feito sete jogos em 2022/23, Williot Swedberg soma um golo em cinco partidas na presente temporada, ainda que sempre na condição de suplente utilizado. Para Eskilsson, o fundamental será o seu filho conseguir ganhar um lugar nas opções iniciais: «Não é muito bom sinal quando um pai diz "O meu filho é tão bom, vai ter uma grande carreira"... Sei reconhecer o talento dele, mas penso que ele tem de ter os pés no chão. O próximo passo é conseguir tornar-se titular no Celta. Ele joga em várias posições, pese embora agora esteja a ser utilizado mais como médio-ofensivo. Não se pode pensar muito no futuro, neste momento, será muito bom se ele conseguir jogar 20/30 minutos por jogo de forma consistente.»
Com muito por viver pela frente, conseguirá Williot seguir as pisadas do pai Eskilsson e chegar a internacional A pela Suécia?